Estava
escuro quando um filete prateado brotou ao longe, não mais que um fiapo
cintilante de luz, mais ainda assim muito diferente de tudo que conhecia.
E
então percebi o corpo que se projetava oscilante, um passo depois do outro
aproximando-se do brilho.
Naqueles dias se quer imaginava que tudo
mudaria, o vulto que vacilava no caminho era meu próprio corpo enquanto a voz
latente, minha consciência. Adormecida e presa, agora libertava seus sons, sua
vontade, o conhecimento me invadia não como mágica mais com a mesma avidez.
E
esse conhecimento de fato pode ser chamado de luz, não
verdade já que esta por se é relativa, mais essa luz, esse conhecimento
que me trouxe das catacumbas nas quais definhava minha consciência recriou todo
um universo dando-me poderes inimagináveis.
Mais
por favor não se engane, e nem deixe que meus pensamentos o convençam, apenas
abra seus olhos e busque a luz, encontre, não a verdade pois ele engana, mais
sim ao próprio conhecimento, de se e de seu próprio universo.
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