Caminho já ha eras por mundos
desconhecidos entre se, vi povos de todas as tribos, línguas de todas as raças
, que traduzia sentimentos, que transmitiam cada sentido, de cada ação,
historias, paixão, mil palavras me envolviam, girando e girando, entorpecendo
meus ouvidos, mil palavras, mil sentidos, destorcendo a realidade, vida e
verdade, relativa simplicidade, constrangida dignidade, qual a sonhada
liberdade, se de cada povo um mundo novo nasce, guiando-nos pelos caminhos,
pelas vontades de seus senhores,enquanto por terra apoderam-se de seus dotes
os falsos fantoches dos desejos divinos.
Verdadeiros maestros do destino dos menos afortunados, deuses macabros sem
nenhuma divindade, apenas poderes pútridos da ganância. Envergonho-me de meu
parentesco, olhos, sangue e carne, lembranças de que pertenço a raça da
mentira, que pertenço ao clã da destruição, mais agradeço aos seus que mesmo
negro meu peito se revele distinto de meus pares inumanos.
B.M.
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