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domingo, 9 de novembro de 2014

sufocado.

sufocado.
Escrevo linha após linha, na esperança de abafar as batidas do meu coração.

De sufocar sentimentos e medos, dores e desejos.

Que mal é esse que me aflige?

Que pesar é esse que martiriza meus sonhos?

Que devaneios e visões são esses que atormentam meus dias?

Flashes me confundem.

Olhos que me olham.

Lábios sussurrantes.

Caricias aveludadas.

Toque ávidos e desesperados.

Frágeis braços que  envolvem meu pescoço.

Num abraço sedutor.

Um corpo estranho ao qual desejo tão avidamente descobrir.

Pele macia e morena, corpo pequeno e suave de curvas perigosas.

Uma massa de cachos no qual me perco.

Meu medo, meu desejo.

Resisto, me contenho, e em desespero, me perco.

Minhas barreiras se rompem, minha resistência esmorece.

Meus braços a envolvem.

Nossos lábios se tocam, leves e desconfiados.

Uma caricia roça minha nuca, desse suave, uma mão em meus cabelos e a outra espalmada sobre meu peito.

Seu beijo, doce, perigoso, me enlouquece.

Que mal e esse que me aflige?

Desejo que grita e ura descontrolado.

Que pesar e esse que martiriza meus sonhos?

Saber o que passou, e angustia de não saber o que virá.

Que miragens e visões são essas que me atormentam?

É a imagem dela.

Seus olhos nos meus.

Nossos lábios separados.

Nossos corpos mais distantes do que suporto.

Nossos sentimento pairando no ar.

Tão palpáveis.

Tão reais.    

B.M.

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