Perdido.
Hoje me vejo perdido, perdido em sombras, perdido no limbo.
Hoje não vejo nada, não ouço, tão pouco sinto.
Hoje em meu peito mora o vácuo da solidão.
Perdido.
O pulsar do desespero comprime meu peito, rejeitando a mim
mesmo.
Perdido, o grito horrorizado em minha garganta permanece
preso, entalado, aranhando ferindo e escarnecendo de mim, com o gemido gutural
que me inflama.
Não há mais luz, vento, frio ou calor.
Hoje não há futuro, presente tão pouco futuro.
Destino, esse que me trouxe aqui.
Mais para que? Céus!!!
Como posso olhar para frente? Se nem ao menos sei para onde
seguir.
Se sequer posso sentir o caminho sob meus pés. Como poderei
dar o primeiro e derradeiro passo dessa jornada desregrada de caminhos
divergentes e bifurcações na estrada.
Ignorado pelas intempéries
da vida, esquecido pelo regalo dos prazeres.
Perdido... Perdido...
B.M.
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