Dia após dia esperei
sonhador.
Por uma amor que não
veio.
Por uma virtude
esquecida.
Por uma companhia
apaixonada.
E olha onde estou?
E vejam todos quem eu
sou?
Todos os dias me fiz do
melhor.
Dos sonhos ao pó.
todos os dias sempre
seguindo honra e amor.
Coragem e lealdade.
E onde isso me levou.
Eu sou o único de minha
espécie.
Esquecido cavaleiro
solitário.
Sem brasão, sem
estandarte.
Em minhas armas.
Essas não passam de
devaneios e palavras.
Do cálice que me embriaga.
Das virtudes e da farsa.
De ser um nobre entre
plebeus.
Meu sangue é tão vermelho
quanto o seu.
Mas eu sou o único de
minha espécie.
Eu sou o único desolado.
Esquecido e detestado.
Isso quando não motivo de
piada.
Por acreditar em frases
como lealdade.
E eu sou o único mas que
surpresa ham!
Pois os outros foram
devorados por um mundo desleal.
Por lobos e pelo chacal.
Que se escondem nas
trevas.
Raposas ardilosas e ervas
perigosas.
Que se disfarçam .
Nos enredam e por fim
atacam.
Com presas longas e garras
afiadas dilacerando nosso peito.
E eu sou o perfeito.
O idiota perfeito que se
entrega nu gracejo.
De ajoelhar-se ante o
altar.
Que por fim sua tumba
cela-rá.
B.M.
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