Eu esperei velo
novamente...
Mais ele não veio.
Fiquei aqui sentado
imaginando como seria sentir uma vez mais o terno toque da brisa.
Os quentes raios de
sol...
Mas não pude, e através
do buraco no teto, pouco mais que uma iluminação cinza passava.
E gotas de agua e
ferrugem, pingavam ruidosamente dia e noite.
Fazendo com que o desejo de
ser surdo a cada dia se tornasse mais intenso.
E é aqui que estou! Preso
nesta cela, vestindo nada além de trapos, rasgados e ensanguentados.
Sou prisioneiro, de mim e
de minha consciência.
Mas o sol a essas
catacumbas não chega.
Nem o toque da brisa.
Mas é frio e solitário.
Quase torturante.
E se não fosse o alento
de escrever.
Insuportável seria.
Mas há esperança.
Acho ao menos, há
esperança.
E por ela vivo.
Dia a pós dia.
Em decadente existência
indistinta da inexistência.
B.M.
Nenhum comentário:
Postar um comentário