Fantasmas.
Eu... Eu sou... Aquele que é visitado pelos espectros,
sombras, fantasmas se preferir, de amores que nunca vivi, de amores com os
quais sonhei e desejei avidamente tê-los em meus braços, mas sem nuca tê-los
vivenciado.
E em seu lugar a noite em meu leito, deito-me com o frio, e
dele dedos longos espremem o que restou de uma massa desforme e sangrenta que
se retorce e se contorce bombeando cada vez mais e mais veneno para o resto do
meu corpo.
A agonia que se reflete no dia, causando em terceiros,
sentimentos que jamais serei campas de corresponder, já que não há mais um
coração, mais a luz do sol torna suportável os tormentos, e oro para não
causa-la as dores que sito, para que não tenha a mesma pena que me foi dada, pois é a noite... em que eles aparecem, como
fantasmas que são, visões, recordações, lembranças, que mi iludiram e
desesperaram, de forma tão alucinante que esqueci...
Esqueci... e é a noite que os vejo, sacudindo suas corrente,
é a noite que os vejo urrar, clamando por minha atenção, e neste vale, a única
coisa que os abita são eles, e é claro eu, numa casa de adobe, com telhado
decadente, por onde frestas de luz passam tão impunes de sua traição, e as
gotas de chuva vem tornar mais sonora minhas lamurias.
E como alento olho céus como os de hoje, escuros, sem
nuvens, sem luar, pois a muito deixei de merece-la , ela é cúmplice dos
amantes, e não tem tempo para mim, mas as estrelas, essas brilham
incondicionais, me mirando dos céus, ouvindo minha dores e medos, e meu consolo
meus desejos, são que as veja todos os dias, incandescente, brilhantes e
majestosas, pois enquanto meus olhos e ouvidos tentam entender seus sussurros, não os ouço, por
deus não os ouço.
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