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domingo, 9 de novembro de 2014

Cripta.

Cripta.
Trago em meus olhos a turva luz de um dia que se esvai, em minha alma negra a marca escarlate de amores que ferem, em meu peito soou um intermitente acorde irreverente de sombras que se movem nas trevas.
Jazendo no chão lamacento, atado a correntes me mantenho, a meu redor erguem-se paredes de pedra de uma cripta, se ao menos entrasse a calma e tênue luz da lua ou mesmo um dourado raio de sol, mas aqui não há nada que  não o frio.
A nevoa densa que me envolve, mas nada pode abater-me, mesmo que ande pelas sombras, haverá luz e mesmo que não há veja, sentirei, e mesmo que não a sina, acreditarei, não desisto, nada pode me deter, não me curvo pois nada nem ninguém o merece.
Por mais que minhas asas negras permaneçam atadas e acorrentadas, sou paladino, arauto da esperança, senhor da vitoria.

B.M.

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