A
Palavra.
A
palavra que roça minha língua é antiga, a palavra que reside em meu peito
selvagem. Vassala de tempos distintos, não sou partidário dos tiranos, tão
pouco compartilho de suas crenças, desta religião de sangue só desejo a
distancia, pois são esses mundanos destituídos de vergonha para ser selvagem .
Sou eu homem de peito ancião, mesmo que minha
carne pouco mais de vinte verões some, pois minha alma reside na antiga
linhagem de meus devaneios, sei que ha muitos isso soara loucura de forma
colérica ate, mais ha mim, isso pouco importa, meu tempo se foi antes de meu
nascimento, perdendo-se nas brumas de antigos contos de cavalaria, heróis de
armadura e corações valentes.
Minha alma... essa não suportará outro destes
tempos, eu oro para que quando findar minha existência, que quando transcorrem
meus dias mundanos por fim, minha alma
galope por sobre as nuvens deste mundo infiel, para juntar-se a meus iguais,
nos campos elísios.
B.M.
B.M.
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